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Os campos de investigação das ciências sociais, das artes e das humanidades têm assistido, nas últimas décadas, a múltiplas e significativas transformações, associadas ao desenvolvimento de novas ou renovadas epistemologias e à afirmação de ontologias que desafiam fronteiras — entre teoria e prática, arte e ciência, investigação e ação — enquanto formas de intervir no mundo e de questionar narrativas, imaginários e representações.

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Atravessar fronteiras significa borrá-las, mas também permanecer nelas para possibilitar confluências — seguindo as pistas de Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo — com saberes, práticas, sonhos e visões de mundo em movimento. Deste processo emerge uma trama complexa de saberes críticos, decoloniais e interseccionais que desafiam múltiplas expressões das estruturas dominantes do poder, do ser e do saber.

Esta mobilidade, que muitas vezes segue o curso da academia para a rua, mas também o sentido inverso, encontra nas práticas artísticas um lugar privilegiado para a elaboração de formas de luta e de existência. No emaranhamento entre arte, investigação, pedagogia e ação emergem conhecimentos corporificados e rebeldes, capazes de confrontar a articulação complexa de opressões quotidianas e estruturais, como classe, género, raça e território.

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Desde a investigação artística às metodologias baseadas na arte e no cruzamento disciplinar, passando pela investigação-ação e outras abordagens participativas, proliferam modos de fazer e de pensar que interligam estas dimensões. Estes modos não só demonstram o potencial transformador destas práticas enquanto ferramentas de investigação e intervenção para a justiça social, como também evidenciam que a produção de conhecimento científico pode ser simultaneamente rigorosa e socialmente comprometida.

Das esferas da arte, da ciência, da tecnologia e do ativismo emergem, assim, constelações de saberes e perspetivas críticas que desafiam a hegemonia do pensamento ocidental e contribuem para uma redefinição do que constitui conhecimento válido e de quem pode produzi-lo. Abre-se, deste modo, espaço para vozes, visões de mundo e práticas tradicionalmente subalternizadas nos contextos académicos, artísticos e políticos.

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O foco da VI Conferência Internacional COMBART incide nas múltiplas interseções entre conhecimento, arte e justiça social. Nesta chamada para propostas, procuramos aprofundar o diálogo entre diferentes formas de conhecer, explorando de que modo as interseções entre práticas artísticas, ciências sociais e humanidades podem contribuir para a elaboração de conhecimentos transformadores, capazes de subverter estruturas e mecanismos de opressão e de produção de assimetrias.

A Conferência Internacional COMBART tem-se constituído, ao longo dos últimos anos, como um fórum de discussão em torno das práticas criativas e artísticas socialmente comprometidas. Entendemos que a arte, a cultura, bem como um conjunto de outras práticas criativas não enquadradas estritamente nestas categorias, podem constituir-se como campos expressivos com um papel relevante na forma como se constrói a cidadania na contemporaneidade.

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A VI Conferência Internacional COMBART é uma colaboração entre diferentes entidades, entre as quais o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa (CICS.NOVA, NOVA FCSH e CICS.NOVA.IPLeiria); o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (IS-UP); o Instituto de História da Arte (IHA/IN2PAST) e o Instituto de Comunicação (ICNOVA) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; o Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM); e o LabEA — Laboratório de Investigação em Educação Artística/FBAUP.

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São também parceiros deste evento a Rede Luso-Brasileira Todas as Artes (TAA) e a Rede de Pesquisa Luso-Brasileira em Artes e Intervenções Urbanas (RAIU). Pretende-se, assim, congregar um conjunto diversificado de saberes, disciplinas e artes, abrindo a apresentação de propostas a investigadores provenientes de áreas como a sociologia, a antropologia, a história, a História da Arte, as indústrias culturais e criativas, as práticas artísticas participativas e a investigação artística, a economia cultural, a geografia cultural e social, o planeamento urbano, os estudos culturais, as ciências da comunicação e disciplinas correlatas, tais como a ilustração, a música, o cinema, as artes visuais, a performance e as artes performativas, bem como as suas interseções com as novas tecnologias.

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